O autismo é parte deste mundo, não um mundo à parte…

O autismo é parte deste mundo, não um mundo à parte…

Integrar, acolher, incluir e coexistir com o autismo é um desafio imensurável, vivido segundo a realidade de cada família, de cada criança, de cada escola e de cada núcleo social em que se integra o indivíduo com autismo. Não existem dois casos exatamente iguais, nem por certo existirão dois caminhos percorridos da mesma forma.

O autismo é parte deste mundo e não um mundo à parte, urge por isso consciencializar para a importância do diagnóstico atempado, que pode melhorar a qualidade de vida e o sucesso de estimulação de competências em idades essenciais.

O autismo é parte deste mundo e não um mundo à parte, a sua variabilidade na apresentação sintomatológica, intensidade e frequência de comportamentos, torna os seus portadores cada vez mais visíveis ao nível da probabilidade diagnóstica.

O autismo é parte deste mundo e não um mundo à parte, porque a capacidade de integrar o indivíduo com autismo nas diversas fases da sua vida tem de ser contemplada e atuada condignamente com as suas necessidades, as necessidades de quem vive em sociedade.

O autismo é parte deste mundo e não um mundo à parte, porque ao subentendermos que há simplesmente uma barreira que nos separa da sua forma de pensar, sentir ou sonhar, estaremos certamente a afastar-nos do princípio primordial da empatia e da relação social em si (que sendo infindavelmente complexa) não deixa de ser sempre particular e única, feita de encontros e desencontros.

O autismo é parte deste mundo e não um mundo à parte… Existe, é real, é uma condição patológica para toda a vida mas que pode beneficiar de uma intervenção terapêutica que estimula e desenvolve competências fragilizadas. Procure ajuda especializada se suspeita de alguma variabilidade no desenvolvimento do seu filho que vos deixa alerta!

Alguns sinais de alerta: alterações na aquisição da linguagem e/ou motores; contacto ocular evitante ou de baixa qualidade; movimentos estereotipados/repetitivos; não responder ao nome; não revelar interesse pelas outras crianças; elevada frustração face a pequenas mudanças/ações; persistência de temas/interesses restritos.


Ricardina Correia
Psicóloga

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