Como é ser pais de um prematuro?
Durante a gravidez correu tudo bem e estávamos felizes com a gestação dos gémeos, às 23 semanas e 5 dias senti um desconforto físico e fomos às urgências, onde nos informaram que
já estávamos em trabalho de parto. Nesse momento ficámos tristes por perceber que iriam nascer tão cedo mas já não havia nada que pudéssemos fazer enquanto pais, naquele
momento era com os médicos. O parto em si foi o momento mais fácil de toda a situação. Ao fim de 12h/13h recebemos um relatório médico com a situação atual e um bebé acabou por
não resistir. O C. foi mais forte e com o profissionalismo e trabalho dos profissionais da Maternidade Alfredo da Costa, o C. teve alta da neonatologia. Quando o C. tinha 1 ano e meio,
tínhamos acompanhamento psicológico pelo hospital mas não nos explicaram bem a necessidade de terapias, não havia essa informação. O trabalho do hospital estava feito, o
resto era ao nosso encargo e tínhamos falta de conhecimento. Foi uma fase difícil e a família nem sempre compreendia da mesma forma. Passámos por vários centros de intervenção antes
de chegarmos ao CAIDI, onde encontrámos aquilo que nenhum outro sítio nos tinha dado. No CAIDI encontrámos respostas, compreensão e atenção, é bom ter ajuda e para nós é muito
importante o feedback, o apoio e as formações que o CAIDI tem. O C. está a crescer, tem melhorado, mudou de escola, está a falar mais e surpreende-nos em casa com aquilo que tem
aprendido na escola. Enquanto pais sentimo-nos mais apoiados e com conhecimento para ajudar o nosso filho.
Inna e Daniel
Sem Comentários